Há muitos filmes que são facilmente identificáveis pela sua banda sonora. Alguns notáveis exemplos são West Side Story, 007, Casablanca, Super-Homem, Os Sete Magníficos, Missão Impossível, Star Wars, Indiana Jones, Johnny Guitar, Zorba o Grego, Um Americano em Paris, Doutor Jivago, Vertigo, Psycho, E Tudo o Vento Levou, O Fabuloso Destino de Amélie… passando pelos do Ennio Moricone tais como O Bom, o Mau e o Vilão, Por um Punhado de Dólares, A Missão, ou o Cinema Paraíso. E muitos, muitos outros, muitos mais.. e finalizando pela seca do Música no Coração.
Há outras músicas que apesar de bem conhecidas, o seu passado é muito menos conhecido. Por exemplo, as muitas e diferentes interpretações de Sous le ciel de Paris que apareceram depois da inicial de Jean Bretonnière e das quais as que mais gosto são de Yves Montand e Juliette Gréco, tiveram afinal início no filme de 1951 com o mesmo nome.
Sous le ciel de Paris
Coule un fleuve joyeux
Il endort dans la nuit
Les clochards et les gueux
Esta fotografia que foi tirada do topo da torre sul da Catedral de Notre-Dame, mostra a formação d’un ciel malheureux de fim de tarde de verão. Malheureux será também dentro em breve a qualidade da luz da noite nas cidades passando a ser bem menos interessante. Do cais mais próximo do rio Sena emana uma luz quente enquanto que ao fundo, na zona das pontes, a luz é claramente mais fria, servindo de contra-ponto ao pôr-do-sol sobre a Defénse. Dentro em breve com a chegada de luzes LED de alto desempenho tudo isto será uniformizado e as diferentes luzes incandescentes e de descarga, tais como as fluorescentes comuns ou as de vapor de sódio ou de mercúrio, cada uma delas com a sua qualidade de luz, será basicamente uniformizada para apenas duas frequências, uma mais quente e outra mais fria. Valha-nos o consolo na poupança de recursos energéticos… ou as possibilidades que a necessidade certamente depois criará.
J’écris avec la lumière
et la lumière de Paris
est ma bonne copine
André Kertész, na introdução do seu livro J’aime Paris.