A Mare de Déu de la Mercè é padroeira de Barcelona e desde há muito que dá o nome à festa major de Barcelona. As Festes de la Mercè é um festival anual de rua, popular, que decorre em Setembro em vários locais da cidade marcando o fim do verão. Para além dos vários desfiles, com gigantones (gegants e capgrossos), fogo de artifício, concertos, prova de vinhos, castells (membros dos grupos que com grande esforço e mestria montam essas impressionantes torres humanas designadas de castelleres),… é impossível andar na cidade sem topar com uma das muitas actividades e é quase, quase, tudo de graça. Até os museus estão de portas abertas com actividades próprias como uma das formas de celebrar o festival.
Espadrilles
Alpercatas feitas de material vegetal e de forma artesanal são de utilização muito antiga e podem ser vistas em muitos museus de etnologia e antropologia um pouco por todo o mundo, desde os feitos pelos povos andinos, aos antigos egipcios, passando pelos Japoneses no oriente. Neste último país são ainda hoje utilizadas por monjes da seita zen Rinzai, por exemplo.
Espadrilles, nome utilizado em França para designar as alpercatas, foram e continuam a ser utilizadas por muitas pessoas. Hoje existem muitas variantes desde o bem conhecido modelo utilizado pelo universal Gaston Lagaffe, ao lindíssimo modelo da catalunha. Este último modelo, que é uma constante nas fotos da guerra civil de Espanha a serem utilizadas pelos republicanos, foram popularizadas por Salvador Dali existindo muitas fotos de Dali utilizando com muito orgulho estas tradicionais alpercatas. Mais recentemente e ainda no século passado, Yves Saint Laurent adaptou-lhes um salto alto e levou-as aos desfiles de moda.
A foto foi tirada a uma participante das festes de la Mercè no fim do Carrer de la Ciutat e junto à entrada da praça de Sant Jaume. É nesta praça que fica localizado o ajuntament (câmara municipal) e a generalitat (sede do governo da Catalunha) e é onde decorrerem as construções dos tradicionais castelleres.